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quarta-feira, 13 de março de 2019

Simpósio de Medicina Regenerativa 2019

Nesta quinta-feira (14), faremos parte da segunda edição do “Simpósio de Medicina Regenerativa” que será realizado na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa na cidade de São Paulo. O simpósio tem a proposta de abordar os diversos aspectos do assunto “terapia celular” incluindo noções básicas sobre células-tronco, mapeamento do momento atual, dos estudos clínicos e pré-clínicos para os tratamentos de diversas doenças como também a legislação e regulamentação.

A primeira edição com o nome de “Congresso de Terapia Celular" realizado em março de 2018 foi um grande sucesso.O simpósio trará informações recentes do momento da terapia celular no Brasil e no Mundo para diferentes profissionais da área de saúde: médicos, cientistas, estudantes e afins. 

As palestras serão ministradas por especialistas que falarão o que tem de mais atual em sua área sobre o assunto. Faça a sua inscrição no local!!!

Confiram a programação (14/3/2019): 

8h - Credenciamento

9h - Panorama da terapia com células-tronco no Brasil e no mundo: onde estamos e onde pretendemos chegar?
Dra. Natassia Vieira - Stemcorp
           
9h30 - Construindo uma Plataforma Integral e Coesa para Entrega da Medicina Regenerativa
Dr. José Ricardo Muniz Ferreira - R-CRIO            

10h - Transplante autólogo de células-tronco mesenquimais em pacientes com ELA
Gerson Chadi - Departamento de Neurologia da FMUSP            

10h30 - Coffee break
                      
11h - Legislação
Dr. João Batista da Silva Junior - ANVISA

11h30 - O médico pode ser responsabilizado por eventuais efeitos colaterais após tratamento com célula-tronco?
Dra. Marianne Albers - Felsberg Advogados             

12h - Medicina Regenerativa e Translacional: da bancada para o tratamento dos pacientes
Dr. João Tadeu Ribeiro Paes - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
                       
12h30 - Almoço                      

14h - Mesa Redonda

O uso de células-tronco para tratamento da Incontinência urinária de esforço
Dra. Maria Augusta Bortolini - Universidade Federal de São Paulo

Terapia Celular para Cirurgia Plástica
Dr. Murillo Fraga - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
                     
Terapia Celular para Odontologia
Dra. Daniela Franco Bueno - Hospital Sírio Libanês
                   
15h - Coffee break
                      
15h30 - Mesa Redonda

Boas Práticas de Manipulação Celular
Dra. Janaina Machado - Cryopraxis       

Transplante autólogo de condrócito
Dr. Pedro Giglio - Hospital das Clínicas da FMUSP

Terapia Celular para lesões do esporte
Dra. Camila Cohen - Instituto Cohen          

Terapia Celular para Osteoartrite
Dr. Morton Shcheiberg - Hospital AACD - Hospital Albert Einstein 

16h30 - Boas Práticas de Produção de células mesenquimais em bioreatores
Dra. Amanda Mizukami Martins - USP (Ribeirão Preto)
             
17h - New directions in 3D Cell Cultura - Novel technologies and applications
Dr. John Yoshi Shyu - Corning (EUA)

18h - Perguntas e encerramento

Local: Auditório Dr. Christiano Altenfelder
Rua Dr. Cesário Motta Junior, 112 - Vila Buarque - São Paulo (SP)


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

É possível criar osso em laboratório?


Uma equipe das Universidade de Glasgow criou pela primeira vez tecido ósseo em laboratório. A equipe criou um dispositivo que envia nano vibrações e o usou células-tronco mesenquimais em um gel de colágeno.

Os autores do artigo, publicado na revista Nature Biomedical Engineering, descobriram que pequenas vibrações, na frequência de 1000 hertz, fazem as células-tronco se transformarem  especificamente em osso. Com essa técnica a equipe conseguiu formar uma estrutura mineralizada até em moldes 3D impressos.

Este osso formado em laboratório não é tão duro quanto o osso encontrado no nosso corpo. Mas esse problema é resolvido uma vez que o molde é transplantado no corpo. O grupo começou a tratar cães que teriam as pernas amputadas por trauma. Eles viram que após o transplante, o osso de laboratório se fundiu com o osso do animal e se tornou idêntico ao osso original. Mostrando que nosso corpo vai servir como o biorreator final, crescendo as células e finalizando o processo de mineralização!

A ideia agora é usar esse gel de colágeno em fraturas ósseas, por ser mais maleável; e os moldes quando é necessário um grande enxerto. Os autores dizem que poderá ser usado também em osteoporose!  Melhor, como eles usam o gel de colágeno, não é necessário um doador, o que acaba com problemas de rejeição.




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Órgãos sob encomenda


Nesta semana cientistas do Massachusetts General Hospital (MGH), em Boston, mostraram sucesso no transplante de rins criados em laboratório a partir de células-tronco. Após o transplante, estes órgãos começaram a filtrar o sangue dos roedores e produzir urina. Mas construir um órgão não foi uma tarefa fácil, os cientistas partiram de rins de animais, retiraram todas as células deste rim, restando somente seu arcabouço (veja aqui exemplo com fígado). Sobre este molde eles colocaram células-tronco mesenquimais de cordão umbilical mais células de rim. O trabalho está descrito em detalhes na edição atual da revista Nature Medicine.  Pela primeira vez demonstraram que é possível criar um rim funcional em laboratório. Mas esta técnica não é nova, já tinha sido utilizada com sucesso para fazer outros órgãos como pulmão e coração, e também fígado, por outro grupo da mesma instituição. 
Se este resultado for obtido com rins humanos irá ajudar muitos portadores de doenças renais que não podem sobreviver somente com hemodiálise. Estes dependem de um transplante que, além de ter uma fila de 100mil pessoas na espera, requer o uso de imunossupressores para sempre.
Mas construir um rim novo não será o mesmo que realizar um transplante de órgão doado? O procedimento cirúrgico é o mesmo, mas se o órgão transplantado for feito com células-tronco do próprio paciente não irá haver rejeição. Ou seja, se você guardou suas células-tronco mesenquimais, poderá utilizá-las, num futuro próximo, para este fim também. Esta técnica poderá acabar com as atuais intermináveis filas dos transplantes de órgãos em todo o mundo.
Órgãos formados a partir de células-tronco já foram transplantados em humanos com sucesso. A primeira criança a receber uma traquéia formada a partir de suas próprias células-tronco tem mostrado progressos notáveis ​​desde o transplante, realizado há dois anos. Ciaran Finn-Lynch, o menino 13 anos de idade, do Reino Unido, foi a primeira criança do mundo a receber um transplante de traqueia formada a partir de células-tronco dele mesmo. Ele está respirando normalmente e não precisa tomar imunossupressores, relatam os pesquisadores em um artigo publicado no revista Lancet. O órgão não tem mostrado sinais de rejeição e cresceu 11 centímetros desde que foi transplantado, de acordo com os pesquisadores.
O futuro do transplante de órgãos está mudando (veja aqui). As células-tronco mesenquimais vem mostrando grande potencial na bioengenharia de órgãos e por isso é tão importante guardá-las o quanto antes (veja documentário da National Geographic aqui). Estas técnicas não são simples e requerem expertise para serem aplicadas. Na hora de escolher onde guardar suas células mesenquimais é importante se informar se a equipe da empresa escolhida é capaz de multiplicar as células para obter grandes quantidades, e mais, se é capaz de realizar testes de qualidade para garantir a eficácia e segurança das mesmas. A equipe StemCorp está sempre antenada nos avanços relacionados à células-tronco mesenquimais e conta com um diretor cientifico fazendo pesquisa na Harvard Medical School, em Boston, que está em contato com a equipe responsável pela bioengenharia de fígados no MGH e aprendeu a técnica de recelularização utilizada para refazer os órgãos que discutimos acima. Além disso nossa equipe participa de um projeto com apoio do Ministério da Saúde para reproduzir esta tecnologia no Brasil (veja aqui). Por estar vinculada à pesquisa a StemCorp traz para você o que existe de mais novo em células-tronco mesenquimais no mundo.