sábado, 30 de abril de 2016

Injeção de células-tronco podem ser a esperança da insuficiência cardíaca

Falamos sobre a possiblidade de fazer um novo coração pouco tempo atrás. Mas visto que a tecnologia para fazer um novo órgão irá demorar anos para estar disponível para a população, outras alternativas estão sendo testadas.  Um novo tratamento com células-tronco pode dar esperança às pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca grave. Hoje 23 milhões de pessoas no mundo - e cerca de três milhões no Brasil - sofrem de insuficiência cardíaca. As doenças cardíacas são responsáveis por um terço das mortes de brasileiros, e, entre elas, a insuficiência cardíaca aparece como terceira principal causa. Estima-se que 150 mil pessoas morram por ano no Brasil devido a insuficiência.

O estudo publicado na revista Lancet, foi apresentado no encontro anual do Colégio Americano de Cardiologia. Este mostra que, ao longo de um ano, um tratamento feito com células-tronco mesenquimais do próprio paciente reduziu em 37% o número de mortes e hospitalizações, em comparação com um grupo de pessoas tratadas com placebo.

As células-tronco mesenquimais foram cultivadas e expandidas em laboratório e, depois, injetadas por meio de um cateter — sem cirurgia — diretamente no coração. Sessenta pessoas com insuficiência cardíaca em fase terminal foram tratadas com a terapia celular e outros 66 pacientes foram tratados com placebo, sendo todos escolhidos de forma aleatória.

O processo de injeção das células-tronco foi simples e realizado com cateter levou menos de duas horas, os pacientes que não tiveram complicações e receberam alta no dia seguinte. Foi observado um número menor de mortes nos 12 meses que se seguiram à injeção de células-tronco. Entre os pacientes que não fizeram o tratamento, 82% precisaram ir ao hospital nesse mesmo período. Enquanto 51% dos que fizeram a terapia celular tiveram essa necessidade.

Este estudo reitera a importância de ter suas células-tronco mesenquimais guardadas para uso futuro. Como no caso de insuficiência cardíaca, os resultados descritos acima mostram a real aplicação destas células, e a cada dia mais aplicações estão sendo comprovadas.


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cristiano Ronaldo se tratará com células-tronco para jogar a Liga dos Campeões



Um dos melhores jogadores de futebol da atualidade, Cristiano Ronaldo vai se submeter a um tratamento com células-tronco para poder atuar no jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões, contra o Manchester City, na próxima semana. A informação é da rádio espanhola "Cope".
Na manhã desta quarta-feira, Ronaldo esteve em uma clínica de Madri, onde uma ressonância magnética apontou ruptura a lesão na muscular na coxa direita. Ele está praticamente descartado da partida deste fim de semana, contra a Real Sociedad, pelo Campeonato Espanhol, e pode não ter condições de voltar a tempo do jogo decisivo contra o Manchester City, na próxima quarta-feira.
O tratamento com células-tronco a que o português vai se submeter, segundo a rádio espanhola, é semelhante ao já feito pelo tenista Rafael Nadal para curar problemas nos joelhos (veja aqui). O tenista realizou no final do ano de 2014 um tratamento com células-tronco mesenquimais para aliviar os problemas em suas costas. As dores na região o atrapalharam durante grande parte desta temporada. O procedimento é realizado para acelerar a recuperação das cartilagens e o processo é extremamente similar ao que Nadal foi submetido em seu joelho no ano passado.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Corações funcionais são criados a partir de células-tronco

Existem neste momento no mundo um grande número de pessoas na fila de transplante esperando por um coração - 4.186 pessoas só nos Estados Unidos. E infelizmente, com a falta de doadores, a grande maioria não sobrevive à espera do transplante. Criar um coração em laboratório poderia, teoricamente, solucionar este problema. Sabendo disso, uma equipe de pesquisadores conseguiu um passo para se aproximar deste sonho: publicou um estudo onde corações funcionais são feitos em laboratório  a partir de células-tronco.
O grupo utilizou de corações que não estavam em condições para serem transplantados, retirou todas as células cardíacas e repovoou este coração com células novas, que serão do receptor deste coração. E o coração volta à bater! Este procedimento pode acabar com as filas de espera e com  o principal problema dos transplantes de coração: a rejeição do novo órgão pelo receptor. O sistema imunológico, muitas vezes vê o tecido estranho como uma ameaça. Mas se o coração for feito com células do receptor o problema de rejeição não existe.
Neste estudo foram utilizadas células-tronco chamadas IPs: células da pele foram reprogramadas para se tornarem células-tronco pluripotentes. O resultado, apesar de muito animador, ainda é preliminar. Mesmo que as células-tronco induzidas à virarem células cardíacas façam o coração bater, estruturas como vasos e membranas ainda devem ser construídas nesse novo coração. Outro limitante é que as células devem também ser obtidas em grandes quantidades.
Natassia Vieira, membro da diretoria científica da StemCorp, aprendeu todo o procedimento de repovoamento do coração no Centro de Medicina Regenerativa no MGH em Boston, grupo que publicou o estudo. “A equipe está muito próxima de conseguir um órgão funcional a partir de células-tronco, é questão somente de tempo e detalhes técnicos para isso virar realidade”, diz Vieira. “Logo mais estes órgãos serão impressos em impressoras 3D, povoados com células do receptor e assim serão feitos órgãos por encomenda”, completa. Veja nosso post anterior sobre “Órgãos sob encomenda” aqui .

Lembramos da importância na hora de escolher onde guardar suas células-tronco. Informe-se se a equipe da empresa escolhida é capaz de multiplicar as células para obter grandes quantidades, e mais, se é capaz de realizar testes de qualidade para garantir a eficácia e segurança das mesmas. A equipe da StemCorp é treinada e associada aos melhores centros de pesquisa do mundo, e está sempre pronta para trazer para os clientes o que existe de mais novo no meio cientifico.