quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Terapia com células-tronco para artrite reumatoide


A artrite reumatóide é uma condição auto-imune que afeta principalmente as articulações. A terapia com células-tronco é uma área relativamente nova de pesquisa que está se mostrando promissora no tratamento dessa doença. 

Na artrite reumatóide (AR), o sistema imunológico ataca erroneamente o tecido que reveste as articulações, o que pode causar dor, inflamação, inchaço e rigidez. Esta inflamação pode se estender para a cartilagem que cobre as extremidades das articulações e causar danos irreversíveis e perda de função. Também pode danificar outros tecidos, incluindo os pulmões, coração, rim, pele e olhos.

Como as células-tronco podem ajudar a tratar a AR?

Pesquisadores estão procurando maneiras de usar células-tronco para controlar a inflamação e regenerar tecidos danificados em diferentes doenças autoimunes. Um exemplo é a RA, que provoca inflamação nos tecidos entre as articulações. Isso resulta em uma perda de cartilagem, que é o tecido que protege as articulações. Com o tempo, a perda de cartilagem pode danificar a articulação e osso próximo.

Células-tronco mesenquimais (MSCs) são tipos de células-tronco que podem se desenvolver em cartilagem e osso. A terapia com MSC envolve a injeção dessas células diretamente nos tecidos ao redor das articulações afetadas. Muitos estudos vêm melhora da dor e inchaço diminuindo a inflamação. Visto que as MSCs são capazes de suprimir o sistema imunológico e reduzir a resposta inflamatória do corpo. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Cientistas conseguem produzir coração completo em impressora 3D

Uma equipe de cientistas da Universidade de Tel Aviv (Israel) conseguiu um feito único. No laboratório de biologia molecular e biotecnologia da instituição, eles puderam produzir o primeiro coração completo com vascularização do mundo, em uma impressora 3D. Antes, já haviam sido produzidos corações em impressão 3D, mas apenas de tecidos simples, sem condições de adequação para substituir o órgão original.

"Esta é a primeira vez que alguém em qualquer lugar conseguiu projetar e imprimir um coração inteiro repleto de células, vasos sanguíneos, válvulas, ventrículos e câmaras. Este coração é feito de células humanas e materiais biológicos específicos do paciente. Em nosso processo, esses materiais servem como biotintas, substâncias feitas de açúcares e proteínas, que são usadas para impressão 3D de modelos complexos de tecidos", afirmou Tal Dvir, professor da TAU e principal autor do estudo.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores retiraram dos pacientes uma biópsia de tecido adiposo. As células deste tecido foram reprogramadas para se tornar células-tronco do tipo pluripotentes, ou seja, que poderiam ser diferenciadas em células cardíacas (do coração) e endoteliais (dos vasos). Assim, foram desenvolvidos diferentes tipos de células para se misturaram com as biotintas e substâncias imunocompatíveis específicas para o paciente dentro da impressora 3D.

Deste processo, gerou-se um coração completo. O teste foi realizado para o tamanho de um coração de coelho, mas, afirmam os autores do trabalho, poderia já ser fabricado em escala humana. Agora, a próxima etapa é treinar os corações para se comportarem como órgãos vivos e, assim que esta fase estiver concluída, serão realizados os primeiros transplantes - primeiro em animais, depois em humanos.