domingo, 31 de janeiro de 2016

Pesquisa com células-tronco indica possível cura para diabetes tipo 1


Um dos avanços da medicina mais esperados pode estar próximo! Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Instituto de Células-Tronco de Harvard descreveu, esta semana, uma possível cura da Diabetes tipo 1.
De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o Brasil é o quarto país do mundo em número de portadores de Diabetes. No ano passado, o Brasil tinha 13 milhões de portadores, número que poderá subir para 592 milhões em 2035, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.
A equipe de pesquisadores de Harvard, liderada pelo professor Douglas Melton, mostrou ser possível substituir aproximadamente 150 milhões de células beta produtoras de insulina utilizando células-tronco.
Nos testes feitos com ratos – cujos resultados foram publicados em um dos mais respeitados jornais científicos: CELL – mostraram que as células produzidas em laboratório produziram insulina e controlaram os níveis de açúcar no sangue por muitos meses.
Entretanto o desafio é que, ao serem injetadas, as células beta podem ser destruídas pelo sistema imunológico. Pesquisas ainda são necessárias para encontrar maneiras de manter essas células dentro do corpo, para que elas se protejam da resposta do sistema imunológico e terem uma função de longo prazo antes que esta aplicação possa ser utilizada em pacientes diabéticos e  se transforme em uma cura para a doença. Mas é mais um passo no caminho da cura desta doença! 





terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Tipo de célula-tronco é fator importante no tratamento da Doença de Crohn

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal que causa diarreia, cólica abdominal, febre frequente e, às vezes, sangramento retal. Também pode ocorrer a perda de apetite e de peso. Os sintomas podem variar de leve a grave.
A doença é notoriamente difícil de tratar. Até um terço das pessoas que sofrem de Crohn não respondem bem ao tratamento convencional.
Foi observado que pacientes com leucemia e Crohn ao fazerem o transplante de medula tinham melhora dos sintomas da doença intestinal. Com isso, o uso de células-tronco hematopoiéticas foi sugerido para tratar a doença. O transplante de medula foi proposto para pacientes com Crohn, mas por ser muito agressivo, devido ao processo de quimioterapia anterior, a abordagem foi descartada. Por este motivo, muitos grupos apostaram no uso de células-tronco hematopoiéticas para tratar a doença. Entretanto, recentemente, foi mostrado que o uso de células tronco hematopoiéticas para Crohn não leva à melhora significativa em relação à terapia convencional. 
Adultos com a doença foram submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas e, em comparação com a terapia convencional, a terapia com as células-tronco hematopoiéticas não resultou em melhora na remissão da doença em l ano. E pior, foi associado à toxicidade significativa, de acordo com um estudo publicado no dia 15 dezembro no JAMA.
A boa notícia é que o a utilização de células-tronco mesenquimais (MSC) parece promissora e pode ajudar. Já explicamos muitas vezes a diferença entre células-tronco mesenquimais e hematopoiéticas (veja aqui). Mas este é mais um motivo para ficar atento!!! Ensaios clínicos mostram que a injeção de MSC melhora muitos sintomas da doença de Crohn. Em um teste clínico, 15 pacientes foram injetados com de MSC, destes, 12 demonstraram resposta positiva ao tratamento e oito pacientes tiveram remissão total da doença.
A terapia com MSC é promissora, não somente por melhorar os sintomas de Crohn, mas também por não ser invasiva, não requer quimioterapia e tem poucos efeitos colaterais conhecidos. Mas este tratamento ainda está em testes clínicos, e ainda existem questões técnicas e regulatórias  à serem respondidas antes de trazer o tratamento com MSC ao público. No entanto, estes ensaios mostram a eficácia e segurança a longo prazo.  

Este é mais um estudo que mostra é como é importante preservar as células-tronco mesenquimais para uso futuro. O uso para Crohn e outras doenças mostra o grande potencial das células-tronco mesenquimais - um potencial podemos tirar proveito se optarmos por armazenar nossas células-tronco mesenquimais.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Cientistas utilizam células-tronco para criar novo diafragma em modelos animais



O mesmo grupo que, em 2008, realizou o transplante de uma traqueia criada em laboratório a partir de células-tronco da própria paciente (veja aqui), agora teve sucesso na regeneração do músculo do diafragma. O diafragma é um órgão mais complexo, uma vez que ele se contrai em resposta a sinais que regulam a respiração. Liderados pelo Dr. Paolo Macchiarini, professor de medicina regenerativa no Instituto Karolinska, na Suécia, cientistas deram mais um passo importante na área de medicina regenerativa. Em modelos animais, eles utilizaram células-tronco para desenvolver novas seções do diafragma que podem substituir partes danificadas ou ausentes. O resultado do novo estudo foi publicado na revista Biomaterials  e pode dar esperança à crianças que sofrem de defeitos no diafragma.
O grupo utilizou células-tronco mesenquimais de medula óssea, e depois de cultivá-las transplantou para uma parte do diafragma. Sua equipe removeu apenas parte do diafragma para que eles pudessem comparar a não danificada com a parte regenerada posteriormente. “Todas as avaliações mostraram que tanto a parte regenerada com células-tronco quanto a original ficaram idênticas”, afirmou.
A técnica publicada ainda está longe de ser aplicada em bebês que nascem com defeitos no diafragma mas traz esperança para as milhares de crianças que sofrem com a hérnia de diafragma.