sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Alívio da Dor com Células-Tronco Mesenquimais

No início do século 20 o opioide oxicodona passou a ser agressivamente promovido em campanhas de marketing como remédio para controle de dores crônicas. O sucesso comercial dos opióides fez com que fossem amplamente utilizados e por isso se tornassem uma questão de saúde pública. Os opióides mais conhecidos hoje são morfina e heroína, estes trazem sensação de relaxamento, alívio da dor e prazer. Hoje, nos EUA autoridades e pesquisadores ligados à área da saúde buscam compreender como a venda e o consumo de opioides e opiáceos tem se dado em larga escala. Essas drogas não são ruins, elas podem ser usadas, por exemplo, em cuidados paliativos focando melhora da qualidade de vida, especialmente em casos de pessoas que sofrem de dores agudas -como pacientes que sofrem de câncer. Normalmente, o Brasil é apontado como uma nação que faz uso insuficiente de substâncias para controle de dores extremas. Entretanto se utilizadas por muito tempo podem levar à dependência.

A cobertura recente da mídia chamou a atenção para o manejo da dor entre atletas profissionais. Para continuar a se destacar no esporte, muitos atletas se voltam para qualquer solução possível para diminuir a dor causada por lesões ou concussões relacionadas a esportes. Em alguns casos, isso significa recorrer a opioides viciantes. 

Nós já falamos da crise que os EUA se encontra aqui. O estado americano do Texas é um exemplo. De acordo com a pesquisa da Kaiser Family Foundation, 49% de todas as mortes por overdose de drogas no Texas em 2016 foram devidas a overdose destes remédios. Em um estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington 52% dos jogadores aposentados da NFL disseram que usaram analgésicos prescritos durante seu tempo na liga. 

Mas hoje em dia uma uma alternativa ao uso de opiódes está trazendo esperança para melhorar a crise: as células-tronco mesenquimais. Uma terapia melhor e mais segura para o tratamento da dor para os atletas é o uso das suas próprias células-tronco adultas (MSCs). Estas células tem a capacidade de se transformar em várias células especializadas para regenerar nervos, ossos, músculos e cartilagens. Elas são conhecidas por suas propriedades antiinflamatórias e têm sido usadas com frequência no mundo dos esportes profissionais para ajudar os atletas a melhorar sua qualidade de vida. As possibilidades para uso das próprias células-tronco mesenquimais são promissoras para concussões, lesões cerebrais traumáticas e muitas outras lesões comuns em atletas.

O técnico Jackie Sherrill, da equipe de futebol americano universitário do Texas A&M, conta que teve suas células mesenquimais guardadas em laboratório, estas foram cultivadas e se tornaram um banco pra uso futuro, que poderia ser usado inúmeras vezes. Ele viajou para o Hospital Galenia de Cancún duas vezes para receber terapia com células-tronco usando suas próprias células-tronco. Diz ter notado mudanças logo após o tratamento, e as melhorias continuaram ao longo de vários meses. Existem inúmeras pessoas que precisam dessa terapia hoje e hoje ele tenta convencer as ligas esportivas profissionais a liderarem o caminho para ajudar outros jogadores a obter a ajuda de que precisam em ambientes clínicos seguros e sem efeitos colaterais viciantes.

Um estudo publicado na revista Experimental & Molecular Medicine explorou os efeitos das células-tronco mesenquimais e observou que a disponibilidade e a versatilidade dessas células ​​fazem delas uma excelente opção de tratamento para uma ampla variedade de patologias clínicas. Existem inúmeras pessoas que precisam dessa terapia hoje e a esperança é a liberação para ajudar os jogadores a obter a terapia de que precisam.

Ter suas células-tronco mesenquimais armazenadas pode fazer a diferença no caso de uma terapia. Células-tronco jovens tem um potencial muito maior de regenerar tecidos e se multiplicar. Por isso guarde as suas o quanto antes. Veja no nosso site.



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