Infelizmente não são todas as fraturas que podem ser curadas! Mas novas abordagens de terapia celular para fraturas ósseas podem mudar este cenário (veja aqui). Um grupo da Universidade do Arizona nos EUA está usando uma combinação de impressão 3D e células-tronco adultas para tratar ossos que não se recuperam com os tratamentos atuais.
"Imagine o impacto que esta terapia com células-tronco pode fazer em uma fratura de osso longo que nenhum tratamento cirúrgico atual pode garantir que cicatrize. Este é realmente um grande problema para os militares, onde explosões ou ferimentos de combate podem causar grandes defeitos ósseos", explicou John A. Szivek, PhD, cientista da Universidade de Washington.
Para ajudar as pessoas com esses ferimentos devastadores, o Dr. Szivek recebeu uma doação de 2 milhões de dólares do Departamento de Defesa dos EUA para realizar um estudo que visa como curar fraturas ósseas usando uma combinação de impressão 3D e células-tronco mesenquimais adultas.
Com a ajuda de parceiros clínicos no Departamento de Cirurgia Ortopédica, o laboratório planeja construir moldes impressos em 3D que, quando combinados com as células-tronco, irão substituir segmentos ósseos grandes, ausentes ou quebrados. Esses moldes depois de impressos serão preenchidos com partículas de cálcio e células-tronco adultas- dois elementos-chave que levam a uma cicatrização e crescimento ósseo muito mais rápidos.
Os testes feitos no laboratório do Dr. Szivek mostraram que esta técnica funciona bem. "Conseguimos a formação óssea completa, cobrindo um grande defeito ósseo em cerca de três meses. Agora, queremos tornar esse processo de cura ainda mais rápido", disse ele.
Para testar essa teoria, os implantes 3D serão incorporados com pequenos sensores que podem transmitir sem fio a atividade do exercício. Esses sensores analisarão o carregamento ou quanto peso está sendo colocado no novo osso regenerado.
Alterações no tamanho ósseo em um grupo ativo que regularmente se exercita serão comparadas com um grupo inativo. A equipe do Dr. Szivek espera ver que o grupo ativo que regularmente coloca peso em seus membros de cura mostrará um crescimento ósseo muito mais rápido. Sua equipe espera desenvolver diretrizes para a fisioterapia pós-cirúrgica, demonstrando que o exercício leva a uma melhor formação óssea.
O tratamento atual dessas lesões traumáticas geralmente requer novas cirurgias. O corpo humano tentará recuperar o osso perdido ou danificado por alguns meses depois de uma lesão, mas acaba desistindo do processo. Nesse ponto, o tecido cicatrizado preenche o defeito em vez do osso.
"É por isso que precisamos desenvolver uma maneira de produzir osso o mais rápido possível - para ajudar o corpo enquanto ele ainda é capaz de crescer e substituir o osso", disse ele.
Dr. Szivek espera que a terapia potencial também ajude os pacientes com câncer ósseo que leva a grandes partes do osso serem removidas cirurgicamente.