Entretanto a expectativa da criação de órgãos humanos
impressos em 3D ficou um pouco mais próxima da realidade. Uma equipe liderada
pela Universidade de Twente,
na Holanda, desenvolveu uma técnica precisa para imprimir um tecido contendo
células vivas humanas. Sua pesquisa foi publicada recentemente na revista
Science Advances.
A nova técnica chamada de " in-air microfluidics"
envolve disparar dois jatos de fluido para moldar a estrutura, assim as células ficam no substrato.
O resultado final é um tecido 3D multicelular. Em outras
palavras, é basicamente um tubo esponjoso estruturado, cheio de células vivas
humanas.
Veja o vídeo do método:
"Esses biomateriais modulares 3D possuem uma estrutura
interna bastante semelhante à do tecido natural", explicam os
pesquisadores. A nova abordagem microfluídica é, portanto, uma técnica
promissora na engenharia de tecidos, em que o tecido danificado é reparado
usando material celular cultivado do paciente. Esta técnica permite aos
cientistas controlar e manipular pequenas gotas de fluido. Antes deste avanço,
levaria até 17 horas para preencher um centímetro cúbico usando técnicas
similares.
Mas qual é a vantagem em construir um novo órgão?
Se impresso 3D e feito com células do próprio receptor não será necessário esperar um doador. O procedimento cirúrgico será o mesmo, mas se o órgão transplantado for feito com células-tronco do próprio paciente não irá haver rejeição. Ou seja, se você guardou suas células-tronco mesenquimais, poderá utilizá-las, num futuro próximo, para este fim também. Esta técnica poderá acabar com as atuais intermináveis filas dos transplantes de órgãos em todo o mundo.
Se impresso 3D e feito com células do próprio receptor não será necessário esperar um doador. O procedimento cirúrgico será o mesmo, mas se o órgão transplantado for feito com células-tronco do próprio paciente não irá haver rejeição. Ou seja, se você guardou suas células-tronco mesenquimais, poderá utilizá-las, num futuro próximo, para este fim também. Esta técnica poderá acabar com as atuais intermináveis filas dos transplantes de órgãos em todo o mundo.
Órgãos formados a partir de células-tronco já foram
transplantados em humanos com sucesso. A primeira criança a receber uma
traquéia formada a partir de suas próprias células-tronco tem mostrado
progressos notáveis desde o transplante, realizado há dois anos. Ciaran
Finn-Lynch, o menino 13 anos de idade, do Reino Unido, foi a primeira criança
do mundo a receber um transplante de traqueia formada a partir de
células-tronco dele mesmo. Ele está respirando normalmente e não precisa tomar
imunossupressores, relatam os pesquisadores em um artigo publicado no
revista Lancet. O órgão não tem mostrado sinais de rejeição e
cresceu 11 centímetros desde que foi transplantado, de acordo com os
pesquisadores.
O futuro do transplante de órgãos está mudando (vejaaqui). As células-tronco mesenquimais vem mostrando grande potencial
na bioengenharia de
órgãos e por isso é tão importante guardá-las o quanto antes (veja documentário
da National Geographic aqui). Estas técnicas não são simples e requerem expertise
para serem aplicadas. Na hora de
escolher onde guardar suas células mesenquimais é importante se informar se a
equipe da empresa escolhida é capaz de multiplicar as células, se a estrutura
tem autorização para isso, e mais, se é capaz de realizar testes de qualidade
para garantir a eficácia e segurança das mesmas.
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